quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

FERIDAS ANTIGAS


... Ninguém pode livrar os homens da dor, mas será bendito aquele que fizer renascer neles a coragem para suportá-la...
Meu coração esta seco de sede, um frenesi por um amor antigo que ainda me dói por dentro.
Por momentos sou aquecido por estas lembranças antigas, que vêem como fleches rápidos e indolores, mas rapidamente me deparo a minha existência fria.
Tenho saudades de ficar na sua casa ouvindo musicas que ainda me trazem felicidades, de comer seu bolo de chocolate sem açúcar, mais sempre dizia que estava maravilhoso.
Gostava de quando você deitava no meu colo e eu  a fazia dormir, passando a mão em teus perfumados cabelos pretos, apreciando a suavidade de tua pele branca.
Gostava de deitar ao seu lado olhando as nuvens passarem por nossos olhos, e você imaginando elas em formas deferentes, e eu apenas imaginava seu rosto nelas.
Por que você deixou que isso se acabasse?
Você poderia ter cumprido aos desejos de tua luxuria ao meu lado, mais não, você preferiu olhar outros olhos, tocar outra pele, beijar outros lábios.
Como a tempestade que devastou os céus naquela noite, ela também devastou meu coração, minha alma.
Como a forte enxurrada que corria você correu para outros braços, a fim de aquecer, e me deixar no frio de vazio.
Depois que a chuva passou, e o dia ficou lindo de novo, você não fazia mais parte dele, você se foi, e em silencio, apenas partiu de minha vida.
Queria apesar de tudo que você estivesse aqui, poderia ser acompanhada por outro, mais sobre a visão de meus olhos.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Em você


Minha amada!
Sei que não sou nada pra você,
Talvez um amigo,
Não sei,
Mas deixe-me dizer
Por que e você
Que eu tanto amo.
E em teus cabelos,
Que sinto o cheiro das flores
Em seu rosto,
A suavidade dos campos
Em seus olhos,
O brilho das estrelas
Em tua boca,
O sabor do néctar dos deuses
E em você,
Que encontro à felicidade

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

No leito da morte


A mim resta apenas um dia,
Apenas vinte e quatro horas,
Apenas mil e quatrocentos e quarenta minutos,
Não vou nem contar os segundos,
Para que minha vida seja levada.
Fique mais um pouco,
Enxugai estas lagrimas,
Por que não choraste assim, quando ainda me restava auroras.
Deixe-me ir, olhando seu rosto, seus olhos, seus cabelos,
Sentindo seu perfume,
Deixe segurar tua mão quente, e você sentira a minha se tornando fria,
À medida que minha alma se esvai.
Não estou triste!
Pois a morte nos presenteia-a com o alivio de imaginar nossos amores da vida,
Assim morrerei fel...

Festejo á infelicidade





...Em meio a um campo vazio, um solitário castelo um tanto melancólico, celebra teu festejo a Fenris...
Venha!,hoje aqui se encontra a felicidade!_ diz um nobre cavaleiro, armado com uma rosa vermelha,tão linda como o brilho da lua naquela noite.
Ninguem se pois a ouvi-lo,um louco!,era o que diziam.
Ele nao entendia que ali,nao era local para Frey dar tua graça.
Aos uivos agourentos  das feras que rodam o castelo,ao macabro som do órgão,os convidados foram chegando, sempre julgando o nobre cavaleiro.
A mim ele não desejou paz, apenas olhou-me fixo, como se me matasse com os olhos.
Aos dentar pela emersa porta, compreendi o que falara o homem.
A felicidade estava mesmo ali, tão bela, tão esplendorosa, em graça, uma verdadeira maravilha.
Rodeada por nobres senhoras com seus vestidos luxuosos, mas nenhumas tão graciosas, quanto a que meus pés trêmulos, tentavam a me levar, e com minhas humildes mãos estendidas para beijar-lhe a dela, ela apenas saiu, como se não ouve-se ninguém a sua frente.
Apático! Triste! Desejando me a morte!
Aquele homem e um louco!
Aqui não a felicidade alguma, só a dor.
Por que ela sempre faz meu coração sangrar?
Que venha Forseti,deus da justiça,de seu veredicto.
_ aqui ficaram os puros, e aqui os imundos.
Como es um tolo Forseti,caíste na armadilha dos seus olhos,ali não a pureza alguma,e mais imunda que as águas do mar morto.
À medida que a lua cruzava os céu, os puros foram atraídos para o lado dos impuros, como se enfeitiçados por uma voz.
Só podia ser ela, a levar os homens ao pecado, e ela o anjo da luz.
Veja!
Com um grande sorriso o nobre cavaleiro, indo em direção a agregora de tua felicidade, com a rosa em mão, ele a entrega, para que ela despedace e jogue fora.
O nobre cavaleiro que gritava a felicidade, agora chora tua tristeza.
Sozinha!
Ela esta!
Chorando uma dor que ela não pensara em sentir!
Choro com ela!
Apenas por dentro, pois já cansei de derramar lagrimas por ti.
... Ao amanhecer de mais um vazio dia, caminho, por meu martírio, e o castelo se torna uma forte neblina, não resta ninguém, apenas um nobre cavaleiro chorando, com seu coração em mãos...

domingo, 21 de novembro de 2010

Enquanto seus olhos se fecham




No meu perpetuo caminho vazio, machucado por espinhos venenosos, me jogo a delírios crepusculares...
Sabes anjo!
Meu coração se amedrontou ao vê-la caída em meu colo.
Mergulhei-me em cada detalhe de teu rosto.
Enquanto você sonha  em como alcançar o infinito, eu sonho no dia em que poderei beijar teus lábios novamente.
O que teus olhos fechados vêem?, Os meus abertos, só abserva você.
Porque os deuses lhe criaram com tal perfeição?, Desculpe deusas da beleza, mas nem vós possuístes tal beleza, tal suavidade em detalhes.
Desculpe!
Sou fraco, não pude agüentar-me mais, o meu desejo me dominou, nescessitei-me de teu beijo, como um viciado precisa de tua heroína.
Por um momento pareceu que voltaria pelo meu perpetuo caminho, mas o veneno não se cura assim... Ainda vejo os seus olhos agora abertos, mas longe, longe... Longe!
Vazios!
...gritos em minha alma, condenado a um frenesi, por teu beijo, por um olhar de esperanças, apenas um sinal que reconforte minha alma novamente.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Apelos,lágrimas,e dor



Veja o que acontece com meus olhos, quando olham os seus...
Minha senhora acredite em minhas palavras, elas são tão verdadeiras, quanto à luz do sol, que retorna dia após dia, para iluminar tua face.
Faça-me provar que você e a coisa mais importante em minha existência.
Não importa se me pedir que cumpra doze trabalhos, ou me peça que vague por quarenta dias no deserto, eu ficarei feliz, se no final, poder sentir seus lábios novamente.
Deixe-me segurar tua mão, e vamos correr, pelos campos, pelas montanhas, pelas flores dos jardins.
Não sou o monstro que sua mente, derrama em seu coração.
...Lagrimas!
E esta! A carta que lhe dei?
Jogada no vazio...
Me parece que só me resta,ser tua fera,minha bela.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Não aprendi a te deixar- A CARTA

A minha fada,

Por que será que após todas as palavras não ditas, dos gestos cravados friamente, eu ainda não te deixo?
Por que os céus me castigam com este anátema ?
Me afaste da imaginação de ver teu rosto de face inocente, a cada vez que olho as estrelas, do seu olhar doce, da lembrança do seu beijo molhado naquela noite de ventos noturnos, do brilho de teus cabelos envolvidos pelo esplendor do sol.
Será que a ampulheta do meu amor já esta se esvaindo, ou nem se soabriu-se.
Por que isso não acaba?
Não me adianta entregar-me as sombras de minha alma, buscando que ela me torne gélido, é ineficaz, pois o único gelo e o que vem de você.
Vago por um caminho de espinhos e assombrado por  fantasmas de meu passado, e ando como um mendigo em andrajo, sem nenhuma perspectiva de vitoria.
A você minha doce fada, só me resta dizer-lhe que não sou capaz de encontrar o final deste caminho, nem te garanto que os fantasmas não nos atormentem, mas estou aberto a qualquer decisão, não precisa promulgar, nossos amores, mas eu te peso, não me deixe ficar sem mais um dia, sem sentir teu calor.
Eu ainda não aprendi a te deixar, porque você e a minha luz, em meio as sombras.

Em algum local, em um dia qualquer
............................. Beijos!!!

sábado, 23 de outubro de 2010

Dia 3- Lorine

Tuas palavras me veio como navalhas, acreditei em mim, que aquilo não me machucaria, mas esqueci de contar ao meu coração.....
Abra esta carta , e saiba, o que apenas as sombras das arvores presenciaram, eu vos digo, que eu retirei a pureza de um anjo.
Tua pele era tão branca e gélida, como a neve jamais foi , e teus cabelos eram tão cheirosos e suaves, que nem uma rosa pode alcançar.
Minhas mãos se espalharam por todo o seu corpo, totalmente nu, como os deuses ao lançaram a este mundo, me senti ate culpa por tocar algo tão perfeito.
E como um desbravador , me lancei a cada curva de seu corpo, sempre o tratando com a mais pura suavidade.
Dava para sentir o calafrio que minhas mãos , causavam em seu corpo, como se ela temesse o que teus desejos , lançavam em sua mente.
Quando toquei teus lindos seios, ela lançou uma nota de puro desejo, e eu a usei na mais linda melodia de nosso lábios se tocando, e tudo se tornou quente.
E a noite foi se passando, alimentando nosso êxtase  de desejos, e as sombras das arvores se tornavam nosso manto, cobrindo dos céus, a perversão de nosso amor.
Apenas quando o sol ousou tocar os nossos corpos unidos pelo gozo de desejo, eu pude ver os negros olhos da criatura, ela então apenas se levantou, e partiu em direção ao vazio em meio ao pouco que restava das sombras.
Então como um reflexo  eu apenas pude lhe perguntar teu nome, e com a voz mais doce, ela me disse, e em mim soou como uma canção, “ .... meu nome e Lorine....”, e se foi, para onde eu nunca poderei ir , e levou com ela meu coração, minha alma, e todo o amor que um dia eu poderia voltar a sentir.
Me deixando apenas na minha cabeça , teu nome, ....Lorine.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Dia 2- Ventos Noturnos

O céu noturno sob nossas cabeças, logo acima de nossos crânios recheados por uma densa massa, que se diz ter alguma inteligência, mas não passa por ser um reservatório de nossas volúpias.
...
Não se parecia em nada com a tabula redonda do rei Arthur, pois dela não surgiria justiça nem vitórias.
A cada face tangencial se colocou um esdrúxulo, pronto para descomedir o que tua mente escusa dos outros.
Era quatro, como os cavaleiros da revelação, cercando o mundo em cada ponto, cada qual, armado com tuas armas cheias de descompostura.
Ao norte se via uma fagulha de desejos e medos, como se temesse o que teus instintos primitivos poderiam levar- lhe a fazer.
Do sul veio um forte vento em direção norte, como se quisessem unir ao seu oposto,e quando teus desejos explodiram por dentro, teus pontos se tocaram, fazendo surgir um arco-iris sem cores.
Mas minha bússola apontava somente para ela, com se ela fosse um fastigio magnetico, com olhos vivos, e pele quente.
No oeste que sempre se trava os maiores duelos, eu travava um comigo mesmo, com minha alma e meu coração.
E eu cobria todo o leste com um farrusco tom de cores, e a olhava com latria, e chorava minhas secas lagrimas, sem vida.
Os ventos ainda dançavam em direção norte-sul, mas ele não pode deixar de olhar o meu sofrimento, e como uma espécie de força divina, que a tudo move e modifica, mudaste a direção, vindo me levar a junto dela, com se leva uma folha seca de uma arvore infante.
Mas a mim coube atravessar uma tempestade, onde o furacão era sua prosápia, mas mesmo se o desejo urenta- se por dentro, fazendo se tocarem ,fui eu a acabar-se em teus beijos.
E assim, em meio a correntes de ar, abastecida por sensações ébrias, o vento da noite, caminhou pelos quatro cantos, sempre em direções opostas, mas carregando sempre um beijo frio na direção norte.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Dia 1- Um não começo

Ao amanhecer de mais um dia , que poderia ser lindo, se não viesse calcado delas feridas de minha noite mórbida , que sempre vêem com a dor de minha alma vazia....
.........
No baile das sombras, revestindo teus convidados com mascaras de vaidades apoteóticas.
Ela radiava um anímico pulcro, uma beleza realmente mágica, como se as estrelas brilhassem pra deixá-la mais bela.
Atravessando o salão como se estivesse a andar pelas nuvens de um seu escuro, sem nem ao menos dirigir-me o olhar, ela foi logo a se entregar a tuas fantasias carnais, e me deixando na platéia, como um expectador que e pego de surpresa pelo espetáculo.
Em uma das cenas se vê Venus , tão linda, hilariante , com teus cabelos que carregam todas as belezas do mais belo jardim, vinda em todas tua gloria.
Como ousa tocar-lhe a boca dela Venus?, já não lhe basta, ter levado um dia consigo, um pedaço de meu coração, agora queres levar a luz da minha vida.
O Mouras, sempre unidas, por visões diferentes, por que vos não cortais a linha desta devassa deusa?, mas a te vos deleitaram de ela.
Ate  tu ninfa dos campos, tão fiel ao teu amado, vos desfrutais do doce beijo, o que a levaste a este pecado?,mas não a culpo pois ninguém tens o poder de resistir ao seus olhos de mel, nem a tua boca macia suave.
Mas a ultima cena, pareceu um pesadelo mórbido, em que o ápice da cena , e meu coração , sendo cravado em uma estaca de madeira, coberta por teu sorriso sarcástico.
Como fazeis isso bardo, tu cantais aos ouvidos de minha amada, e sem ao menos tu veste os encantados de tua face e o tom de tua voz, beijas-te ela em minha frente?
Juro que se tiveste uma espada, teria a cravado em teu coração para que sofrestes a dor que senti .
Mas me faltou lagrimas para chorar a esta tragédia. Só me sobrou cair em outros braços, que pelos menos estava quente, e aquecia o frio de minha alma, e tentava aquecer meu coração.
Mas quando o espetáculo acabou, e as luzes se apagaram, seu olhar finalmente se voltou a mim, e ela veio, assim como chegou, mais ainda mais bela, pois teus olhos agora se dirigia somente a mim, e como se fosse um consolo, marcado com toques de pena, ela me beijou, me mostrando em um bilhete , um recado que dizia:
“ este e um o fim, de um não começo”.